A juíza da 9ª Vara Cível de Brasília julgou procedente o pedido
de acidentada e condenou a Federal Vida e Previdência S/A ao pagamento do DPVAT
no valor equivalente a R$ 13.500,00. A seguradora havia pago somente o valor R$
3.365,00 à acidentada, alegando que eventual indenização deve ser proporcional
ao grau de invalidez.
Alegou a autora, em suma, que sofreu acidente automobilístico em
11/05/2007, o qual lhe causou perda funcional permanente (invalidez), razão pela
qual requereu o pagamento do valor do seguro DPVAT, no valor complementar de R$
10.135,00.
Foi realizada audiência de conciliação, quando a empresa
apresentou contestação na qual alegou a prescrição da pretensão da autora ao
recebimento dos valores a título de indenização acidentária. No mérito, alegou a
necessidade de realização de novo exame de corpo de delito, ao fundamento de que
os danos sofridos podem ter sofrido recuperação. Afirmou que já houve o
pagamento administrativo integral, em conformidade com a tabela da SUSEP, bem
como a falta de provas quanto à efetiva invalidez permanente. Alegou que
eventual indenização deve ser proporcional ao grau de invalidez e que os juros
de mora devem fluir a partir da citação. Por último, aduziu que a correção
monetária deve ter como termo inicial a propositura da demanda, nos termos da
Lei 6.899/81. Pleiteou a produção de prova pericial, o que foi deferido.
Contudo, após reiteradas intimações para que a parte autora comparecesse às
perícias designadas, esta quedou-se inerte, não atendendo ao chamado do
perito.
A juíza decidiu que "no presente caso, a ocorrência policial
confirma que a autora foi vítima de acidente automobilístico ocorrido em
11/05/2007. O Laudo de Exame de Corpo de Delito Complementar concluiu que as
lesões decorrentes de ação contundente havidas com o acidente resultaram em
debilidade permanente da função motora do membro inferior esquerdo, além de
deformidade permanente (dano estético) e enfermidade incurável (sequela por
perda de massa muscular em membro inferior esquerdo e perda da patela). O laudo
é idôneo e apto à produção de prova. Considerando que as provas dos autos
evidenciam que a parte autora foi vítima de acidente automobilístico
acarretando-lhe debilidade permanente, entendo que faz jus ao beneficio do
seguro DPVAT no valor legalmente estabelecido de R$ 13.500,00".
Processo :2011.01.1.043786-4
Fonte: Lex Magister
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